Édipo Rei (425 a.C.), de Sófocles


Para Aristóteles, o Édipo Rei de Sófocles é o exemplo mor de arte poética, não só porque ele via no drama a melhor forma de se imitar uma história, mas também porque está peça possui as qualidades que ele admirava: ao invés de contar todo o mito de Édipo, o dramaturgo selecionou um episódio-chave, a partir do qual se tem acesso a todos os outros; ao invés de dar todos os sucessos da história, segue um tema único, a cegueira e vista do rei tebano; também sua extensão e quantidade de personagens agradaram o "teórico e crítico" antigo.

De nossa parte, também gostamos muito dessa peça, o metro misto escolhido por Trajano Vieira permite uma tradução bastante oral, muito próxima do texto grego. Uma versão fílmica que selecionamos por sua qualidade estética e por revelar as marcas do cinema realista italiano, é Edipo Re (1967) de Pier Paolo Passolini. Assim, temos mais uma pedra de toque da literatura ocidental.

Indicação bibliográfica:
SÓFOCLES. Édipo rei. Trad. de Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, s/d.

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